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CAPITULO II PRIMEIRA NOTICIA DAS MINAS DE SALOMÃO-1
日期:2024-05-16 09:45  点击:284
Sacudi a cinza do cachimbo na palma da mão, e comecei, muito devagar, para tudo pôr bem claro e bem exacto:
 
--Aqui está o que ouvi a respeito d’esse cavalheiro Neville. E isto, que me lembre, nunca, até ao dia d’hoje, o disse a ninguem. Ouvi que esse cavalheiro fôra para o interior á busca das minas de Salomão.
 
Os dois homens olharam para mim, com assombro:
 
--As minas de Salomão!? Que minas?... onde são?
 
--onde são, não sei. Sei apenas onde dizem que estão. Aqui ha annos vi de longe os dois picos dos montes que, segundo corre, lhes servem de muralha. Mas entre mim e os montes, meus senhores, havia duzentas milhas de deserto. E esse deserto, meus senhores, nunca houve ninguem (quero dizer, homem branco) que o atravessasse, a não ser um, n’outras éras. Porque toda esta historia vem muito de traz, de ha seculos! Eu não tenho duvida em a contar, mas com uma condição: é que os cavalheiros não a hão de transmittir sem minha auctorisação. Tenho para isso razões, e fortes. Estão os cavalheiros de accôrdo?
 
--Com certeza!
 
Narrei então longamente tudo o que sabia, historia ou fabula, sobre as minas de Salomão. Foi ha trinta annos que pela primeira vez ouvi fallar d’estas minas a um caçador d’elephantes, um homem muito sério, muito indagador, que recolhera assim, nas suas jornadas através d’Africa, tradições e lendas singularmente curiosas. Tinha-me eu encontrado com elle na terra dos Matabeles, n’uma das minhas primeiras expedições ao interior, á busca do elephante e do marfim. Chamava-se Evans. Era um dos melhores caçadores d’Africa. Foi estupidamente morto por um bufalo, e está enterrado junto ás quedas do Zambeze.
 
Pois uma noite, sentados á fogueira, no matto, succedeu mencionar eu a esse Evans umas construcções extraordinarias com que casualmente dera, andando á caça do koodoo por aquella região que fórma hoje o districto de Lydenburg no Transwaal. Essas obras foram depois encontradas, e aproveitadas até, pela gente que veio trabalhar as minas d’ouro. Mas ninguem (quero dizer, nenhum branco) as tinha visto antes de mim. Era uma estrada enorme, magnifica, cortada na rocha viva, levando a uma galeria sem fim, mettida pela terra dentro, toda de tijolo, e com grandes pedregulhos de minerio d’ouro empilhados á entrada. Obra extraordinaria! E a raça que a fizera--desapparecera, sem deixar um nome, nem outro vestigio de si, além d’aquella estrada e d’aquella galeria, que revelavam um grande saber, uma grande industria e uma grande força!
 
--Curioso! Murmurou Evans. Mas conheço melhor!
 
E contou-me então que no interior, muito no interior, descobrira elle uma cidade antiquissima, toda em ruinas, que tinha a certeza de ser Ophir, a famosa Ophir da Biblia. Lembro-me bem a impressão e o assombro com que eu escutei a historia d’essa cidade phenicia perdida no sertão d’Africa, com os seus restos de palacios, de piscinas, templos, de columnas derrocadas!... Mas depois Evans ficára calado, scismando. De repente diz:
 
--Tu já ouviste fallar das serras de Suliman, umas grandes serras que ficam para além do territorio de Machukulumbe, a noroeste? 
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